A greve de peritos do INSS tem gerado preocupações entre os segurados, especialmente com a paralisação parcial que começou em agosto de 2024. Com cerca de 10% dos peritos aderindo ao movimento, muitos segurados enfrentam dificuldades no atendimento, o que levanta questões sobre a continuidade dos serviços essenciais.
O governo e o STF estão monitorando a situação, buscando soluções para minimizar os impactos da greve e garantir que os direitos dos segurados sejam respeitados.
Ações do Governo Durante a Greve
Durante a greve dos peritos do INSS, o governo tomou diversas medidas para tentar minimizar os impactos sobre os segurados. Uma das principais ações foi o redirecionamento das agendas do INSS, onde os segurados foram realocados para peritos que não aderiram à greve. Essa estratégia visou garantir que o atendimento continuasse, mesmo com a ausência de parte dos profissionais.
Além disso, o governo buscou aumentar a comunicação com os segurados, informando sobre as mudanças nas agendas e tentando evitar que as pessoas viajassem longas distâncias sem a certeza de serem atendidas. Essa medida foi crucial, já que muitos segurados enfrentaram transtornos devido à falta de aviso prévio sobre o adiamento das perícias.
O Supremo Tribunal Federal (STF) também se envolveu na questão, considerando a necessidade de garantir o funcionamento mínimo dos serviços do INSS. A decisão do STF de rejeitar as reclamações da Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) reforçou a ideia de que o governo estava agindo corretamente ao buscar alternativas para manter o atendimento aos segurados.
Por fim, o governo também se comprometeu a seguir as recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), que sugeriu alterações nas cláusulas do acordo com os peritos, visando assegurar a continuidade do atendimento e minimizar os impactos da greve. Essas ações refletem a preocupação do governo em manter os direitos dos segurados e garantir que eles não sejam prejudicados pela paralisação dos peritos.
Consequências da Falta de Comunicação
A falta de comunicação durante a greve dos peritos do INSS teve consequências significativas para os segurados. Muitos deles, ao não serem informados sobre o adiamento de suas perícias, enfrentaram situações de grande estresse e frustração. Viagens longas e deslocamentos desnecessários tornaram-se comuns, resultando em perda de tempo e recursos.
Além disso, a ausência de aviso prévio sobre as ausências dos peritos foi considerada um desrespeito à legislação vigente, conforme destacado pelo ministro Gilmar Mendes do STF. Essa falta de comunicação não apenas prejudicou os segurados, mas também gerou uma revolta generalizada entre aqueles que se sentiram desamparados pelo sistema.
O impacto emocional e financeiro sobre os segurados foi significativo, pois muitos dependem das perícias para garantir seus direitos e benefícios. A incerteza sobre a realização das consultas e a falta de informações claras contribuíram para um clima de insegurança e desconfiança em relação ao INSS.
Por fim, a situação chamou a atenção das autoridades, levando o STF a considerar a possibilidade de investigar os abusos no exercício do direito de greve. A conduta dos peritos, ao não comunicar adequadamente suas ausências, pode ser vista como uma violação das normas que regem o atendimento aos segurados, o que pode resultar em consequências legais para os envolvidos.